Adsense

23 fevereiro 2015

O que é a Escola de Aprendizes do Evangelho?

Trata-se de um programa organizado para proporcionar a vivência do Cristianismo como proposta essencial de aperfeiçoamento moral da Humanidade através da Reforma Íntima do ser. Busca a renovação do homem em seus sentimentos, pensamentos e atitudes, proporcionando-lhe experiências de verdadeiro autoconhecimento e despertamento de seus ideais divinos. As Escolas de Aprendizes do Evangelho preparam e purificam os espíritos para o ingresso em vidas mais perfeitas, na comunhão de todos os dias com Deus, despertando a consciência interna para que vibre em sintonia com os planos espirituais mais elevados.
Não é um curso comum de preparação material, mas a oportunidade que o aprendiz tem para adestrar suas forças, sem temor e represálias, terçar armas contra si mesmo e provar a si próprio que está combatendo por decisão própria sem engodos ou forçamentos, visando seu próprio engrandecimento espiritual.

Apresenta seguinte estrutura:
  • Reuniões 
  • Direção
  • Participantes
Para atingir suas finalidades, a Escola de Aprendizes faz uso de um programa integrado de aulas e atividades, bem como encaminhamento dos alunos para o trabalho. Concluída a Escola de Aprendizes do Evangelho, os alunos que sentirem em si o ideal de servir a Jesus, através do serviço a bem do semelhante e divulgação das verdades evangélicas, podem postular seu ingresso como membros da Fraternidade dos Discípulos de Jesus.
A Escola de Aprendizes do Evangelho foi implantada no dia 6 de maio de 1950 pelo comandante Edgard Armond na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).

Finalidade (Fonte: VER - Vivência do Espiritismo Regilioso)
  • Preparar e purificar os alunos para vidas mais perfeitas;
  • Despertar o aluno à consciência interna com vibrações em sintonia com os planos espirituais mais elevados; 
  • Adestrar suas forças, sem temor e represálias, contra suas imperfeições, combatendo e provando por decisão própria sem forçamentos, para o alcance do engrandecimento espiritual.


#casademaria 
#centroespirita
#venhafazercurso

20 fevereiro 2015

AULA INICIAL

Olá!!!


O Centro Espírita Casa de Maria, 

está iniciando neste Domingo, 
dia 22 de fevereiro de 2015, 
o Curso Básico para Aprendizes do Evangelho.


As aulas terão inicio as 10:00 às 11:30.



Todos estão convidados para essa grande energia.



Que sintam sempre em seus corações o amparo desta fraternidade que sempre impulsionam e amparam os alunos.


19 fevereiro 2015

FRASE

Se duvidas do nosso dever de auxiliar os semelhantes, através da mediunidade, observa a obra imensa do Evangelho e pensa no que seria de nos, se Jesus houvesse duvidado de Deus.

17 fevereiro 2015

05 janeiro 2015

Café da manhã com os moradores de rua

A Casa de Maria aos finais de semana, sendo, um final de semana sim e outro não, proporciona para os moradores de rua da Cidade de Guarulhos, um magnifico café da manhã.
Eles se reúnem na praça, para poder degustar de um belo café, com leite, pão, frio e suco.
Tudo é preparado com muito amor e carinho para que os moradores tenham um pouco de conforto nas manhãs de domingo.
Com esse trabalho a Casa de Maria, já conseguiu resgatar alguns moradores que estavam na drogas e outros conseguirem se levantar arrumando emprego e hoje consegue pagar um aluguel, para poder se manter e sobreviver dentro do necessário.
Esse trabalho assistencial que a Casa de Maria proporciona, acontece aos finais de semana, mas antes de seguir com essa doação, tem todo um trabalho espiritual que  acontece na Casa de Maria, envolvendo a todos os trabalhadores e alunos da casa, bem como envolve todos os moradores de rua, que degustam desse magnifico e glorioso café da manhã.
Abaixo segue algumas fotos da confraternização de fim de ano (2014), com os moradores de rua, onde ganharam um banquete com frutas, salgadinhos, tortas, bolos, panetone, doces, pães variados, café, leite, suco, água e até presente para a higiene intima de cada um.
Esse evento teve uma parceria com o Centro Espírita Maria de Magdala e os Palhaços da última hora.
Os palhaços percorrem os hospitais, asilos, creches, entre outros, fazendo um trabalho que dignifica o homem, aqueles que estão sem perspectiva de vida, sem autoestima... e eles conseguem alegrar, levantando o alto astral das pessoas que estão as vezes no seu leito final aqui no planeta terra.
Contamos com a colaboração de todos.
Obrigada.
Casa de Maria

















01 janeiro 2015

FELIZ ANO NOVO!!!!!



FELIZ 2015!!!! 
QUE ESSE ANO SEJA REPLETO DE MUITA LUZ E ENERGIAS POSITIVAS!!! 
MUITA PAZ E RESPEITO ENTRE OS HOMENS!!!

@CentroEspiritaCasadeMaria 


https://www.facebook.com/centrocasademaria 

30 dezembro 2014

OS MENSAGEIROS

CAPÍTULO VII - A queda de Otávio

A ausência de Aniceto deu ensejo à palestras interessantes.

Formaram-se grupos de conversação amiga.

Impressionado com as senhoras que haviam solicitado providências para Otávio, pedi a Vicente me apresentasse a elas, não que me movesse curiosidade menos digna, mas desejo de alcançar novos valores educativos sobre a tarefa mediúnica, que a palavra de Telésforo me fizera sentir em tons diferentes.

O amigo atendeu de boamente.

Em breves momentos, não me achava tão só à frente das irmãs Isaura e Isabel, mas do próprio Otávio, um pálido senhor que aparentava quarenta anos.

— Também sou principiante aqui — expliquei — e minha condição é a do médico falido nos deveres que o Senhor lhe confiou.

Otávio sorriu e respondeu:

— Possivelmente, o meu amigo terá a seu favor o fato de haver ignorado as verdades eternas, no mundo. O mesmo não ocorre comigo, a demais; não desconhecia o roteiro certo, que o Pai me designava para as lutas na Terra. Não possuía títulos oficializados de competência entretanto, dispunha de considerável cultura evangélica, coisa que, para a vida eterna, é de maior importância que a cultura intelectual, simplesmente considerada. Tive amigos generosos do plano superior, que se faziam visíveis aos meus olhos, recebi mensagens repletas de amor e sabedoria e, no entanto, caí mesmo assim, obedecendo à imprudência e à vaidade.

As observações de Otávio impressionava-nos vivamente. Quando no mundo, eu não tivera contacto especial com as escolas espiritistas e experimentava certa dificuldade para compreender tudo quanto ele desejava dizer.

— Ignorava a extensão das responsabilidades mediúnicas, respondi.

— As tarefas espirituais, tornou o interlocutor, algo acabrunhado, ocupam-se de interesses eternos e da grande enormidade de minha falta. Os mordomos de bens da alma estão investidos de responsabilidades pesadíssimas. Os estudiosos, os crentes, os simpatizantes no campo da fé, podem alegar ignorância e inibição; todavia, os sacerdotes não têm desculpa.

É o mesmo que se verifica na tarefa mediúnica. Os aprendizes ou beneficiários, nos templos da Revelação nova, podem referir-se a determinados impedimentos; mas o missionário é obrigado a caminhar com um patrimônio de certezas tais, que coisa alguma o exonera das culpas adquiridas.

— Depois de contrair dívidas enormes na esfera carnal, noutro tempo, vim bater às portas de “Nosso Lar”, sendo atendido por irmãos dedicados, que se revelaram incansáveis para comigo. Preparei-me, então, durante trinta anos consecutivos, para voltar a Terra em tarefa mediúnica, desejoso de saldar minhas contas e elevar-me alguma coisa. Não faltaram lições verdadeiramente sublimes, nem estímulos santos ao meu coração imperfeito. O Ministério da Comunicação favoreceu-me com todas as facilidades e, sobretudo, seis entidades amigas movimentaram os maiores recursos em benefício do meu êxito. Técnicos do Auxílio acompanharam-me a Terra, nas vésperas do meu renascimento, entregando-me um corpo físico rigorosamente sadio. Segundo a magnanimidade dos meus benfeitores daqui, ser-me-ia concedido certo trabalho de relevo, na esfera de consolação às criaturas. Permaneceria junto das falanges de colaboradores encarregados do Brasil, animando-lhes os esforços e atendendo a irmãos outros, ignorantes, perturbados ou infelizes. O matrimônio não deveria entrar na linha de minhas cogitações, não que o casamento possa colidir com o exercício da mediunidade, mas porque meu caso particular assim o exigia. Nada obstante, solteiro, deveria receber, aos vinte anos, os seis amigos que muito trabalharam por mim, em “Nosso Lar”, os quais chegariam ao meu círculo como órfãos. Meu débito para com essas entidades tornou-se muito grande e a providência não só constituiria agradável resgate para mim, como também garantia de triunfo pelo serviço de assistência a elas, o que me preservaria o coração de leviandades e vacilações, porquanto, o ganha-pão laborioso me compeliria a não aceder a sugestões inferiores nos domínios do sexo e das ambições incontidas. Ficou também assentado que minhas atividades novas começariam com muitos sacrifícios, para que o possível carinho de outrem não amolecesse a minha fibra de realização, e para que se não escravizasse, minha tarefa a situações caprichosas do mundo, distantes dos desígnios de Jesus, e, sobretudo, para que fosse mantida a minha impessoalidade do serviço. Mais tarde, então, com o correr dos anos de edificação, me enviariam de “Nosso Lar” socorros materiais, cada vez maiores, à medida que fosse testemunhando renúncia de mim mesmo, desprendimento das posses efêmeras, desinteresse pela remuneração dos sentidos, de maneira a intensificar, progressivamente a semeadura de amor confiada às minhas mãos.

Tudo combinado, voltei, não só prometendo fidelidade aos meus instrutores, como também hipotecando a certeza do meu devotamento as seis entidades amigas, a quem muito devo até agora.

Otávio, nesse momento, fez uma pausa mais longa, suspirou fundamente, e prosseguiu:

— Mas, ai de mim, que olvidei todos os compromissos! Os benfeitores de “Nosso Lar” localizaram-me ao lado de verdadeira serva de Jesus. Minha mãe era espiritista cristã desde moça, não obstante as tendências morais de meu pai, que era, todavia um homem de bem. Aos treze anos fiquei órfão de mãe e, aos quinze, vieram para mim os primeiros chamados da esfera Superior. Por essa ocasião, meu pai contraiu segundas núpcias, e, apesar da bondade e operação que a madrasta me oferecia, eu me colocava num plano de falsa superioridade a respeito dela. Então, minha genitora endereçou do invisível, apelos sagrados ao meu coração. Eu vivia revoltado, entre queixas e lamentações descabíveis. Meus parentes conduziram-me a um grupo espírita de excelente orientação evangélica onde minhas faculdades poderiam ser postas a serviço dos necessitados e sofredores; entretanto, faltava-me qualidades de trabalhador e companheiro fiel. Minha negação em matéria de confiança nos orientadores espirituais e acentuado pendor para a crítica dos atos alheios compeliam-me a desagradável estacionamento. Os beneméritos amigos do invisível estimulavam ao serviço, mas eu duvidava deles com a minha vaidade doente. Como prosseguissem os apelos sagrados, por mim interpretados como alucinações, procurei um médico que me aconselhou experiências sexuais. Completara, então, dezenove anos e entreguei-me desenfreadamente ao abuso de faculdades sublimes. Desejava conciliar, a força, o prazer delituoso e o dever espiritual, alheando-me, cada vez mais, dos ensinos evangélicos que os amigos da esfera superior nos ministravam. 

Tinha pouco mais de vinte anos, quando meu pai foi arrebatado pela morte. Com a triste ocorrência, ficavam na orfandade seis crianças desfavorecidas, porquanto minha madrasta, ao se consorciar com meu genitor, lhe trouxera para a tutela três pequeninos. Em vão implorou-me socorro a pobre viúva. Nunca me dignei aceitar os encargos redentores que me estavam destinados. Após dois anos de segunda viuvez, minha desventurada madrasta foi recolhida a um leprosário. Afastei-me, então, dos pequenos órfãos, tomado de horror. Abandonei-os definitivamente, sem refletir que lançava meus credores generosos, de “Nosso Lar”, a destino incerto. Em seguida, dando largas a ociosidade, com uma ação menos digna e fui obrigado a casar-me pela violência. Mesmo assim, porém, persistiam os chamados do invisível, revelando-me a inesgotável misericórdia do Altíssimo. Contudo, à medida que olvidava meus deveres, toda tentativa de realização espiritual figurava-se-me mais difícil. E continuou a tragédia que inventei para meu próprio tormento. A esposa a que me ligara, tão somente por apetites inconfessáveis, era criatura muito inferior à minha condição espiritual e atraiu uma entidade monstruosa, em ligação com ela, para tomar o papel de meu filho. Releguei à rua seis carinhosas crianças, cuja convivência concorreria decisivamente para minha segurança moral, mas a companheira e o filho, ao que me pareceu, incumbiram-se da vingança. Atormentaram-me ambos, até ao fim da existência, quando para aqui regressei. Mal tendo completado quarenta anos, roído pela sífilis, pelo álcool e pelos desgostos... sem nada haver feito para meu futuro eterno... Sem construir coisa alguma no terreno do bem...
Enxugou os olhos úmidos e concluiu;

— Como vê, realizei todos os meus  condenáveis desejos, menos os desejos de Deus. Foi por isso que  fali, agravando antigos débitos.

Nesse instante, calou-se como se alguma coisa invisível lhe viesse a garganta.

Abracei-o com simpatia fraternal, ansioso de proporcionar estímulo ao coração, mas Dona Isaura  aproximou-se mais, acariciou-lhe a fronte e falou:

— Não chores, filho! Jesus não nos falta com a bênção do tempo. Tem calma e coragem..
Com carinho, meditei na Bondade Divina, que faz eco no amor de mãe, mesmo nas regiões de além morte.


29 dezembro 2014

O descuido impensado

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.        

Era meiga, devotada, diligente.        

Daquela boca educada não saíam más palavras.      

Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:      

 — Tenhamos compaixão... Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.        Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever. Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem. 

— Irmã Clara, dizia uma educadora, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo. Ela, que era a costureira dedicada de todos,  respondia, contente:

— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.  Irmã, intervinha uma das criadas, e o avental?  Amanhã será entregue, dizia Clara, sorrindo. Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência. Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar. Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração. Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse. Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã. Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada. Amparava sem alarde. Auxiliava sem preocupação de recompensa. Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade. Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.  Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu. Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada. Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:

Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas. Oh! Por quê? interrogou a valorosa missionária. Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo, esclareceu o mensageiro. Como assim? O anjo fitou-a, bondoso, e respondeu:

— A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se à noção de aproveitamento, davam para costurar alguns milhares de vestidos para crianças desamparadas. Oh! Oh! Deus me perdoe! exclamou a santa desencarnada e como resgatarei a dívida? O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:  Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.


Do Livro Alvorada Cristã – Pelo Espírito de Néio Lúcio – Psicografado por Francisco Candido Xavier – Editora FEB.

28 dezembro 2014

TRAGÉDIA NO CIRCO

Naquela noite, da época recuada de 177, o “concilium” de Lião regurgitava de povo.

Não se tratava de nenhuma das assembléias tradicionais da Gália, junto ao altar do Imperador, e sim de compacto ajuntamento.

Marco Aurélio reinava, piedoso, e. Embora não houvesse lavrado qualquer rescrito em prejuízo maior dos cristãos, permitira se aplicassem na cidade, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles.

A matança, por isso, perdurava,  terrível.

Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doente, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente.

Através do espesso casario, a  montante da confluência do Ródano e do Saône, multiplicavam-se prisões, e no sopé da encosta, mais tarde conhecida como colina de Fourviére, improvisara-se grande circo, levantando-se altas paliçadas em torno de enorme arena.

As pessoas representativas do mundo  lionês eram sacrificadas no lar ou barbaramente espancadas no campo, enviando-se os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, ao regozijo público.

As feras pareciam agora entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguinolentas. Em razão disso, inventavam-se tormentos novos.
Verdugos inconscientes ideavam estranhos suplícios.

Senhoras cultas e meninas ingênuas eram desrespeitadas antes que lhes decepassem a cabeça, anciães indefesos viam-se chicoteados até a morte. Meninos apartados do reduto familiar eram vendidos a mercadores em trânsito, para servirem de alimárias domésticas em províncias distantes, e nobres senhores tombavam assassinados nas próprias vinhas.
Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas.

*

Naquela noite, a que acima nos referimos, anunciou-se para o dia seguinte a chegada de Lúcio Galo, famoso cabo de guerra, que desfrutava atenções especiais do Imperador por se haver distinguido contra a usurpação do general Avídio Cássio, e que se inclinava agora a merecido repouso.

Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter.

Por esse motivo, enquanto lá fora se acotovelavam gladiadores e jograis, o patrício Álcio Plancus, que se dizia descendente do fundador da cidade, presidia a reunião, a pedido do Propretor, programando os festejos.

- Além das saudações, diante dos carros que chegarão de Viena – dizia,  algo tocado pelo vinho abundante -, é preciso que o circo nos dê alguma cena de exceção... O lutador Setímio poderia arregimentar os melhores homens; contudo, não bastaria renovar o quadro de atletas...

- A equipe de dançarinas nunca esteve melhor – aventou Caio Marcelino, antigo legionário da Bretanha que se enriquecera no saque.

- Sim, sim... – concordou Álcio – instruiremos Musônia para que os bailados permaneçam à altura...

- Providenciaremos um encontro de auroques – lembrou Pérsio Níger.

- Auroques! Auroques!... – clamou a turba em aprovação.

- Excelente lembrança! – falou Plancus em voz mais alta – mas, em consideração ao visitante, é imperioso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça...

Um grito horrível nasceu da assembléia;

- Cristãos às feras! cristãos às feras!

Asserenado o vozerio, tornou o chefe do conselho:

- Isso não constitui novidade! E há circunstâncias desfavoráveis. Os leões recém chegados da África estão preguiçosos...

Sorriu com malícia e chasqueou:

- Claro que surpreenderam, nos últimos dias, tentações e viandas que o próprio Lúculo jamais encontrou no conforto de sua casa...

Depois das gargalhadas gerais, Álcio continuou, irônico:

- Ouvi, porém, alguns companheiros, ainda hoje, e apresentaremos um plano que espero resulte certo. Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente mil crianças e mulheres cristãs, guardando-as nos cárceres... E, amanhã, coroando as homenagens, ajuntá-las-emos na arena, molhada de resinas e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem estreita para a liberação das mais fortes. Depois de mostradas festivamente em público, incendiaremos toda a área, deitando sobre elas os velhos cavalos que já não sirvam aos nossos jogos... Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão muitos lances inéditos...

- Muito bem! Muito bem! – reuniu a multidão, de ponta a ponta do átrio.

- Urge o tempo – gritou Plancus – e precisamos do concurso de todos... Não possuímos guardas suficientes.

E erguendo ainda mais o tom de voz:

- Levante a mão direita quem esteja disposto a cooperar.

Centenas de circunstantes, incluindo mulheres robustas, mostraram destra ao alto, aplaudindo em delírio.

Encorajado pelo entusiasmo geral, e desejando distribuir a tarefa com todos os voluntários, o dirigente da noite enunciou, sarcástico e inflexível:

- Cada um de nós traga um... Essas pragas jazem escondidas por toda a parte... Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora...

Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.
*

Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.

22 dezembro 2014

Conscientização

          Os espíritos, através do contato mediúnico, trazem as idéias para nos ajudarem a entender a palavra de Jesus que ainda nos é de difícil entendimento.

            O primeiro laboratório difícil que temos que enfrentar é nossa própria família.  Nem sempre pensamos e agimos em sintonia. E desde cedo, temos que aprender a lidar com as adversidades e diversidades. E é na família que estão os primeiros passos da nossa evolução. A finalidade da reencarnação é aprendermos a compreender, ao invés de querermos ser compreendidos, sejam por nossos pais, amigos etc. Podemos falhar, mas temos que estar atentos para essas falhas e aptos a querer mudá-las.

Espiritismo também é acreditar que existe vida além da morte. Ter a consciência de que há uma vida além desta agora. E por isso, é nosso dever nos transformar aqui na Terra, em seres melhores.

Jesus nos disse que OU servimos a Deus ou a Mamon. Isso significa que devemos aprender a nos posicionar no bem, com convicção. Assim como não dá para uma mulher ser “meio grávida”, por exemplo, ou ela está grávida ou não está, devemos ser nós seres humanos. Ou somos boas pessoas ou não somos.

Quando algo nos convém, nós aceitamos, mas na dificuldade ainda questionamos a Deus. Por isso, as coisas não fluem em nossas vidas.

Nas dificuldades, devemos nos unir a Deus, aprender a ser humildes para conquistar aquilo que queremos e não questioná-Lo.

Ser dócil, não é fazer teatro. É você saber se posicionar, compreender o erro das pessoas. Não entrar em discussão, mas em prece para ter sabedoria em como resolver.

“Querer é poder”

15 dezembro 2014

Sobre a prece do Servidor

Trabalhar, fazer silêncio, ser compreensivo, ter paciência...
Entendo a profundeza deste Hino do bom servidor.

            A interpretação da palavra de Jesus é muito complexa, pois cada um entende a sua maneira e de acordo com seu grau de evolução.

            Uma pessoa agressiva, não compreensiva, não consegue se agrupar e não tem qualidade de vida. Logo, a mediunidade vem para nos ensinar a andar no meio, a não ser nem 8, nem 80, mas sim 40. Aprender a ser doce e compreensivo. Não devemos radicalizar aquilo que já aprendemos. Não devemos impor a alguém o que levamos anos para aprender. Temos que compreender que o irmão que está no mal, apenas está sem conhecimento do bem. Emmanuel já dizia que ser espírita é ser cristãoEspiritismo sem Jesus ou mediunidade sem Jesus, é comédia. Mediunidade foi feita para aprendermos a desenvolver nosso raciocínio, para sabermos compreender.

            O médium só ajuda as pessoas a desenvolverem a consciência, pelo contato que tem com os espíritos, mas ele próprio também está se desenvolvendo e buscando mudar de atitudes.  E erra muitas vezes, tentando ajudar.

https://www.facebook.com/centrocasademaria