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06 junho 2015

Sagrado e profano uma dicotômia anti-Cristã.



Os hebreus e os pagãos cindiam as ações e operações humanas em dois grupos:


O sagrado, religioso ou divino e o profano, irreligioso ou humano.


Por sagrado compreendiam geralmente os atos caracteristicamente religiosos ou rituais e por profanos as ações triviais que nós seres humanos praticamos todos os dias tais como: trabalhar, comer, beber, vestir, etc


Jesus entretanto - ao afirmar que mesmo um copo de água fria ofertado a seus emissários encontraria recompensa no mundo vindouro - rompeu com esta divisão artificial e afirmou a sacralidade de todas as ações e operações humanas realizadas com boa intenção.


Estribado nesta ruptura o apóstolo pôde escrever estas maravilhosas palavras: "Quer comais, bebais ou façais qualquer outra coisa, buscai a glória de vosso Deus.", e mais: "Tudo quanto façais seja por palavra ou obra em nome de Jesus Cristo seja feito para a glória de Deus, o Pai." e ainda: "Tudo quanto fizerdes com retidão, ao Senhor pertence e não aos homens."


Nada há pois de neutro ou de profano na vida do Cristão.


Pois o Cristão pertence a Cristo e Cristo a seu Pai.


Assim tudo quando diz respeito há vida do Cristão é divino, sagrado e celestial.


Embora realize as mesmas ações realizadas pelos outros o Cristão as realiza de modo diverso, pois as realiza em Nome do Senhor Jesus Cristo, com o objetivo de honra-lo e de glorificar o seu nome.


Do mesmo modo como no Cristo, Deus se fez homem, por Cristo as ações dos homens tornam-se religiosas.


Toda e qualquer ação, por trivial que seja, executada por um batizado, é como se fosse executada pelo divino Mestre e pertencente a ele.


Cada um de nossos pensamentos, palavras, gestos e ações diários são eminentemente Cristãos e como tais verdadeiros atos de culto.


Toda contrariedade, angústia ou sofrimento suportado pelo Cristão é um sacríficio agradavel a Deus e obra verdadeiramente sagrada.


Conforme a graça divina penetra nosso comer, beber, dormir, acordar, trabalhar - inclive nossas relações sexuais (desde de que haja amor e doação) - etc cada uma delas é sobrenaturalizada, adquirindo uma dimenssão perpétua.


É necessário que nos compenetremos disto: de que nossas ações não são nossas, se estamos em Cristo, mas de Cristo, conforme a graça assume, eleva e transforma a natureza.


Pois se nos recordassemos frequentemente de tal verdade de fé, não nos deixariamos tomar pelo tédio ou pelo desânimo.


Afinal uma coisa é tratar do jardim e aparar a grama sozinho e outra totalmente distinta é tratar do jardim e aparar a grama na companhia do Mestre.


Todos nós, vez por outra, temos de executar alguns ofícios nada agradáveis ou mesmo repugnantes. Diante disto muita gente boa se revolta e pragueja... 


Trocar as fraldas do bêbe, banhar um enferno acamado ou recolher as fezes do 'Totó' são ações que geralmente desafiam os nervos mais resistentes... esforçemo-nos pois para executar calma e corajosamente cada uma destas ações em união com Jesus crucificado e padescente...


Ao invés de blasfemar ou rogar pragas elevemos nossos pensamentos aos céus e tributemos atos de amor a Jesus! Oremos mentalmente: Jesus eu me uno a vós, Jesus eu vos amo, Tudo por vós Senhor Jesus...


Dedicadas ao Senhor nossas ações tornam-se ainda mais valiosas, convertem-se em talentos preciosos e são depositados no tesouro da eternidade...


Triste pensamento aquele segundo qual o único ato religioso da vida Cristã consiste em assistir a missa todos os Domingos ou em rezar ao acordar, ao entardecer e ao dormir...


Pois a vida do Cristão deve ser ela mesma uma prece, um hino de louvor e uma ascenssão continua ao Senhor Jesus Cristo, não apenas junto ao altar, mas sobretudo no lar, no recôndito de nossas residências, na obscuridade de nossos aposentos.


O Pai das Luzes observa e abençoa tudo quanto executamos com reta intenção em nome de seu diletíssimo Filho.


Nenhum pensamento bom passará pela mente do adorador fiel e do filho extremado que o Pai não folgue em remunerar.


Fecundo é o poder da graça do Evangelho naqueles que desejam viver como o Senhor viveu e que a todo instante param e se perguntam a si mesmos: Nesta situação o que Jesus faria?


Bendito servo que entrou na posse da mente de Cristo e que se Cristificou e amorizou através da leitura constante do Evangelho, qual árvore frondosa plantada junto aos arroios de águas frescas viverá!


Não, aquele que obedece a lei de nosso Senhor Jesus Cristo e que nela põe toda sua devoção esse não vive mais, pois é o Cristo bendito que nele vive, e se desenvolve, e amadurece para a vida eterna...


É verdadeiramente o Cristo que nele habita pela graça.


E estando ele unido intimamente a Cristo e fruindo de sua comunhão é Cristo quem como, bebe, dorme, trabalha, caminha... nele


Ações feitas na unidade de Cristo não são meramente humanas, mas humanas e divinas... feitas em Cristo, com Cristo e por Cristo elas são como o Cristo: divinas e humanas. 


Divinas pela graça que as mimba e fecunda e humanas pelo esforço daquele que coopera com a graça.


São ações cristificadas ou seja santificadas pelo próprio Senhor.


Sejam ações naturais e necessárias, sejam ações livres dedicadas ao Senhor tornam-se todas meritórias, cada qual a sua medida.


Entretanto se o homem é Cristão é em Cristo que respira e tosse e sua respiração ou seu tossir pertencem ao Cristo.


Tendo o Deus Cristão assumido a natureza humana, assumiu-a como um todo...


Por nós nasceu, por nós aprendeu, por nós chorou, por nós comeu, bebeu, excretou, suou... por nós sofreu e morreu...


Assim cada aspecto de nossas vidas foi elevado pela sua...


Ao fazer-se homem entre os homens e conhecer experimentalmente nossa condição, o Verbo divino transformou ou melhor sobrenaturalizou cada uma de nossas experiências vitais...


Tudo quanto não é entrisecamente maligno ou pecaminoso torna-se religioso e sagrado a luz da Encarnação do Verbo.


Pois quando Cristo ressuscita e ascende aos céus leva consigo todas estas experiência para o Reino eterno e as eterniza em sua glória, glória da qual somos chamados a participar na medida em que nos esforçamos por permanecer nele e honra-lo.


Na mangedoura ele incorporou o nascimento de todos os homens e no calvário a morte dos homens todos... por sua vida, suas ações e operações, as ações e operações de todos os homens foram elevadas transportadas a uma dimenssão totalmente nova, a dimenssão religiosa.


Claro que existem na vida do Cristão, alguns atos que são caracteristicamente religiosos, isto não significa porém, que os demais não sejam religiosos; pois uma coisa é não parecerem eles que são religiosos e outra coisa totalmente distinta é não lho serem...


Longe de nós negar que alguns atos estatuidos pelo Senhor Jesus Cristo são eminentemente religiosos enquanto caminhos por meio dos quais nos aproximamos da fonte da graça, isto é, dele mesmo. No entanto nem por isto os sacramentos absorvem ou resumem toda a vida religiosa do Cristão.


Parte mais nobre e elevada, nem por isto deixam de ser partes e não a vida Cristã em sua totalidade.


Os sacramentos estão dispostos para a vida, mas não são a vida.


A vida transcende aos sacramentos mesmo quando fecundada por eles.


De alguma maneira, através do Evangelho, dos Sacramentos e da prece - especialmente da oração do Senhor - nossas ações comuns tornam-se como que sacramentais... pois quanto mais amor a Cristo pomos neles, tanto mais de Cristo e Cristãs se tornam.


Não podem pois as ações comuns do povo de Cristo serem neutras, indiferentes ou profanas. Alias nada há ou pode haver de profano na vida do Cristão fiel e dedicado ao Evangelho.


Pois no cristão habita uma vida divina e germe espiritual que o habilita a viver divinamente.


Mesmo sendo material e animal torna-se receptáculo duma vida imaterial, incorruptivel e perpétua na medida em que reproduz em si a santidade e a perfeição do Senhor que o resgatou.


Nada do que fizer portanto ficara estéril ou sem remuneração espiritual.


Pela vida de Cristo o material passa a ser espiritual na vida dos santos.


Na vida do imitador fiel material e imaterial, animal e humano, natural e sobrenatural se associam, unem e confundem não restando espaço para qualquer profanidade.


Pois o Cristão é uma personalidade e personalidade Cristã, ou seja voltada para o Cristo, durante cada instante e cada momento da vida.


Se nosso coração desta disposto para o Cristo e voltado para o Evangelho da sua glória, toda nossa vida refletirá sua glória... mesmo os aspcetos mais obscuros de nossa existência natural haverão de brilhar na luz de Cristo.


Vivendo Cristo em nós e nós nele em perfeita simbiose, que restará em nós que não seja divino ou que não possa ser santificado e glorificado?


Doemos nossos corações a Cristo e nossas vidas a seus membros para que sejamos menos indignos de tanta benignidade e graça.


Não nos contentemos em viver para nós mesmos mas esforçe-mo-nos para viver para os irmãos.


Pois membros de um só corpo estamos dispostos para o mesmo fim: a feliz ressurreição.


Consagremos nossas energias e potencialidades ao bem e a filantropia e assim obteremos uma ressurreição melhor.


Seja nossa emulação o bem e nossa meta uma ressurreição superior.


Assim seremos tudo em Cristo e Cristo tudo em nós.


Abandonemos os sofismas e as inanidades dos hebreus e dos gentios e nos revistamos completamente da graça e da doutrina de Jesus Cristo, Mestre dos Mestres e Salvador misericordioso.


Seja nossa vida uma unidade e o vinculo desta unidade o unigênito Filho de Maria.

Fonte: http://vcrista.blogspot.com.br



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